Novo Ensino Médio pode ampliar desigualdades no Enem, dizem entidades.

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23/09/2023
Após implementar o Novo Ensino Médio, em 2022, o Ministério da Educação (MEC) divulgou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sofreria alterações em 2024. À época, o governo Bolsonaro previa o fim de um ciclo de mudanças graduais, que possibilitaria a implementação de um novo formato de avaliação na prova de admissão à educação superior fundada em 1998.

Com a mudança na governança e pressão de estudantes, professores e entidades, o governo Lula (PT) suspendeu o restante dessas alterações graduais em abril deste ano.

A medida foi seguida de um anúncio do novo MEC, que divulgou, após ouvir entidades por meio de uma Consulta Pública, mais uma reformulação do ensino médio.

O governo e o MEC decidiram, então, que a melhor opção seria manter o Enem no formato vigente desde 2009 – o modelo “antigo”, com redação e questões de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática. Essa escolha, contudo, gera um impasse: os estudantes precisarão se equilibrar entre mais um novo ensino médio.

O currículo que entrou em vigor no ano passado reduz a obrigatoriedade de algumas disciplinas e cria itinerários que permitem que os alunos se aprofundem nos temas de interesse. Mas, com a manutenção do Enem no modelo antigo, os alunos precisarão estudar por fora para contemplar todas as disciplinas solicitadas na avaliação. Para os estudantes, o novo ensino médio não está funcionando.

O novo ensino médio não contempla a realidade das nossas escolas públicas, porém o ‘antigo’ não funciona mais”, afirma Jade Beatriz, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). “O antigo modelo não respondia às nossas necessidades, da nossa geração, e também do Brasil”, complementa.

(Jornal Floripa)

Blog Rony Uchôa
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