(IDH) brasileiro retrocedeu seis anos a partir da pandemia, diz (PNUD).

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29/05/2024
A crise sanitária provocada pela covid-19 reverberou globalmente, afetando desproporcionalmente a América Latina e, em particular, o IDH do Brasil. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o país regrediu ao patamar de desenvolvimento humano observado seis anos antes da pandemia, com uma queda de 22,5% no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

Betina Barbosa, coordenadora de Desenvolvimento do PNUD, destaca a importância de analisar as três dimensões do desenvolvimento humano – longevidade, renda e educação – para entender a regressão multidimensional. O Brasil perdeu uma década de avanços em longevidade e renda, além de dois anos em educação.

Esses lares, apesar de abrigarem uma parcela significativa da população e das crianças e jovens, detêm apenas 16% do rendimento total do país. A projeção indica que negros e pardos, já maioria no Norte, serão predominantes no futuro demográfico do Brasil. Nesse contexto, o PNUD recomenda políticas públicas que promovam educação, saúde e renda, com ênfase em raça e gênero.

A ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, enfatiza a importância do estudo para a formulação de políticas que combatam as desigualdades no país. 

Curiosamente, o relatório aponta que o desenvolvimento humano nos estados não se traduziu em menores taxas de mortalidade durante a pandemia. Estados como Rio de Janeiro e Paraná, além do Distrito Federal, lideraram em número de mortes, enquanto o Maranhão, com o menor IDH, registrou uma taxa de mortalidade tão reduzida.

A pandemia evidenciou a urgência de políticas públicas inclusivas e adaptativas que possam mitigar os impactos em momentos de crise e promover um desenvolvimento humano equitativo. O relatório do PNUD serve como um chamado à ação para repensar estratégias que priorizem a igualdade e a diversidade na reconstrução do tecido social e econômico do Brasil.

(Revista Amazônia)

Blog Rony Uchôa 
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